O oxi é mais um problema de saúde pública no Brasil. A droga chegou ao país em meados da última década pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com Bolívia e Colômbia. Já, há registro de mortes no Piauí e a ameaça de que ela atinja o Sudeste. A Fundação Oswaldo Cruz já prepara um mapeamento da droga no território nacional.
A droga é terrivél, devastadora, derivada da planta coca, assim como a cocaína e o crack. Há diferenças, contudo, no modo de preparo.
Existe uma pasta base, com o princípio da droga, e de seu refino vem a cocaína.
O oxi e o crack são feitos a partir dos restos da borra da cocaína. As três drogas possuem, portanto, o mesmo princípio ativo e um efeito parecido, que é a aceleração do metabolismo, ou seja, do funcionamento do corpo como um todo.
Enquanto a primeira é inalada em forma de pó, as outras duas são fumadas em forma de pedra. Isso muda a forma como o corpo lida com a dose.
O pó da cocaína é absorvido pela mucosa nasal, responsáveis pelo olfato. O efeito dura entre 30 e 45 minutos. No caso das outras duas drogas, a absorção acontece no pulmão, de onde ela cai na corrente sanguínea.
O efeito dura cerca de 15 minutos, e por isso, é mais prejudicial que o da cocaína, o que aumenta o risco de que o usuário se torne um viciado rapidamente destruindo sua forma física e moral.
A grande diferença do oxi para o crack está na sua composição química. Para transformar o pó em pedra, o crack usa bicarbonato de sódio e amoníaco que é terrivél. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos – e atingir um número maior de usuários –, leva querosene ou gasolina e cal virgem.
Querosene ou gasolina e cal virgem são substâncias corrosivas e extremamente tóxicas. Por isso, o consumo do oxi pode levar à morte mais rápido que o crack.